O tímido mundo tricolor

Tal como a temporada recém-completada, são tímidas ainda as movimentações no Fluminense para o ano vindouro.

O anúncio de Alexandre Torres como gerente de futebol não anima.

Filho do recém-falecido capitão do Tri, Carlos Alberto, e ex-jogador do clube nas décadas de 1980 e 1990, Alexandre iniciará justamente nas Laranjeiras um cargo que nunca antes exerceu, intermediando a relação da diretoria com os jogadores.

Fred, até deixar o clube, em junho, era quem, por iniciativa própria, desempenhava esse papel, levando questões do elenco para a presidência, o que só fazia recrudescer o seu desgaste no Flu.

Com Abel no comando técnico, o papel de Alexandre deverá se tornar ainda mais irrelevante, já que o novo treinador tem fama de paizão e gosta de ele mesmo abraçar seus atletas e ter com a cúpula sempre que entende ser necessário.

Além de alguns VPs como Idel Halfen, Marcelo Teixeira é outro que volta ao clube como gerente geral das divisões de base.

Diferentemente de Torres, tem experiência no próprio Fluminense com bons serviços já prestados, então como catalisador de talentos e de mapeador do mercado internacional.

Entre os reforços já anunciados por ele, todos já eram jogadores do clube – o lateral Léo Pelé, o cabeça de área Luiz Fernando e o zagueiro Reginaldo, que retornam de empréstimos.

Com a grana curta e ainda sem patrocinador máster, o Fluminense deverá ser econômico e privilegiará apenas a defesa e o ataque, setores por todos considerados mais carentes.

Há também boas expectativas em torno dos equatorianos do Independiente Del Valle Orejuela e Júnior Sornoza (principalmente), que farão companhia a Douglas, Cícero e Gustavo Scarpa.

O setor de meio de campo é, por sinal, o que menos preocupa a nova comissão técnica do Flu, razão por que o clube nem quis entrar na luta por Conca, considerado caro e, no atual cenário, de alto risco, já que passou por outra cirurgia no joelho e levará alguns meses até que volte aos gramados.

Jogará em 2017 no Flamengo, que já conta com o medalhão Diego na armação.

Quase dez anos depois de ser vice da Libertadores com o Flu, Conca (33) dificilmente repetirá na Gávea o sucesso que teve nas Laranjeiras, onde se tornou ídolo após conquistar o Brasileiro de 2010.

Mas a audácia que anda sobrando para uns, por enquanto ainda é artigo em negociação para outros.

Boa sorte (e ousadia) a Pedro Abad!

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77 thoughts on “O tímido mundo tricolor

  1. Boa tarde, João e demais tricolores deste espaço.
    Como devem ter percebido, dei um tempo nos comentários esperando essa “turma” dos que nunca saíram (6 + 3 anos), tomar posse e dizer a que veio ao Flu. Esperei até o último dia de 2016, esperando que dissessem alguma coisa, para além das promessas fantasiosas e, por que não dizer, eleitoreiras, mentirosas e enganadoras.

    E o que esses “sucessores”, na verdade, extensão da desastrosa administração Peter e cia, estão fazendo é pra lá de preocupante, para não dizer estarrecedor. Esses caras, que parecem entender tanto de futebol, quanto eu de astronomia, não bastassem as muitas cagadas e os enormes vexames perpetrados nesses longuíssimos 6 anos, começam (ou continuam?) mais uma gestão pra lá de perdidos e fazendo mais cacas.

    Mas eles estão conseguindo a proeza do se superar. Além de não terem contratado ninguém, nada até o último dia ano, ainda estão dando os jogadores do elenco de graça, pagando 1/3 do salário. Esses caras são “jeniais”, são formidáveis, uns ases das finanças. São fenomenais!

    E mesmo as especulações desse período todo, não tinha nada de animador. Talvez o único bom jogador que constava da lista especulativa era o Barcos, que a despeito de ser da mesma idade do Fred, tem sim/tinha alguma categoria e sabia fazer gol. Diferente do “jenial” artilheiro Henrique Dourado, mais uma cria desses incompetentes.

    Pois bem, nem mesmo o tal Barcos parece vir para as Laranjeiras; pelo que dizem já rumou para outras bandas. E enquanto isso, o barco do nosso amado Fluminense vai só afundando cada vez mais nas mãos desses zé ruelas, que, com essa cantilena de finanças em dia, vão apequenando dia após dia um clube de tantas tradições e glórias. Embora não acredite muito nessas pesquisas fajutas, mas elas dizem que já conseguimos a proeza de ter menos torcida que o Botafogo (???). Pode isso, Garcez?

    Desejar um feliz 2017 para o torcedor do Fluminense parece ser um tormento, porque mais tormentas se mostram visíveis. Mas, como felizmente nossas vidas não se resumem a futebol, digo sim, teimosamente: UM FELIZ 2017 A TODOS OS TRICOLORES DE CORAÇÃO.

    1. Muito boa análise Edu. É o que tenho pensado. Acho que essa eleição foi desastrosa pro Fluminense, culpa toda da torcida que, ou não estava apta a votar ou escolheu a mediocridade. Podem falar do Mario (embora ache ele bom), mas ele vinha com o Tenório, que entende sim de futebol (vide 2009), com o Parreira e ainda o Simoni. É triste ver Fred no Galo, TN no Cruzeiro, Conca no Flamengo, Nem e Cícero no SP. Vão jogar tudo nas costas dos equatorianos? E se um deles se machuca, é segundona na certa. Já não posso nem falar que estamos virando um Botafogo, pois este está na Libertadores. E o Pedro Antônio, que parecia querer investir no time (o Abad ganhou muitos votos.com isto), parece que veio para cobrar a dívida.
      Espero estar enganado, que a nova gestão mostre algo em janeiro logo, mas receio que a mediocridade tenha vencido!
      Saudações a todos tricolores!
      Vai ser difícil assistir a jogo do Fluminense ano que vem.
      Parabéns pelo blog João, sempre prezando a qualidade das matérias!

  2. Falando sobre a atual situação do Fluminense, muito me preocupa o resultado das eleições e agora esta saída do Cícero. Espero estar enganado, mas vamos lá.
    Ao que tudo indica, o pensamento é de continuísmo, de manter a política de mandar embora jogadores importantes, como Conca, Thiago Neves, não repatriar o Nem, mandar embora o Fred e agora o Cícero. Vi meu Fluminense voltar a ser Gigante depois das quedas dos anos 90 com o Celso/Unimed (não votei nele pois não tem mais o patrocínio). A Flusocio parece ter o pensamento de apequenar o Fluminense. Gastar pouco e arrecadar pouco, enquanto clubes Gigantes como o Fluminense deveriam arrecadar muito e gastar muito. Equilíbrio financeiro? Isto é óbvio que é fundamental, é o beaba de qualquer administração. Mas e o futebol? Só espero que Orejuela e Sornoza tragam os retornos esperados. Mas o problema é que se destacarem demais, logo logo serão vendidos. Está explicado o pífio desempenho nos últimos 10 jogos, acaba de sair uma matéria em que estamos com 2 meses de salários atrasados, isso não pode existir. Mandaram embora um ídolo que ganhava 800mil e como retorno, nos colocaria na Libertadores com seus gols decisivos, e trouxeram 7 jogadores por mais de 1 milhão mensais, mas que não conseguem decidir partidas.
    ST e Feliz Ano Novo a todos!

  3. João,

    Que o PAPAI DO CÉU abençoe vc e toda a sua família nesta data tão especial!

    Que o Papai Noel seja bastante generoso com a Mel.

    ST

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